Psicoterapia: O que nos diz a investigação sobre como melhorar a prática clínica?
90 min
Aula Aberta - 28 Maio - 21h-22h30 - Online
Psicoterapia: O que no diz a investigação sobre como melhorar a prática clínica?
Miguel M. Gonçalves (Universidade do Minho)
A investigação é inequívoca: a psicoterapia funciona, com um efeito moderado a elevado. Como todas as intervenções (incluindo médicas), não funciona para todos e se um terapeuta quiser ter uma expectativa realista, poderá assumir que um em cada três clientes melhora significativamente com a intervenção. Há, contudo, uma enorme variabilidade entre terapeutas, variabilidade essa explicada com grande probabilidade, não pelo modelo teórico, mas pelas competências interpessoais do psicoterapeuta.
Neste contexto, uma questão relevante que se pode colocar é o que podem os terapeutas fazer para procurarem melhorar a sua prática clínica. Nesta apresentação discutimos três ferramentas de melhoria da prática: o uso da formulação de caso, a avaliação e monitorização dos resultados terapêuticos e a utilização de prática deliberada na formação contínua.
Sumário por tópicos:
- Eficácia da psicoterapia
- Equivalência ou personalização?
- Terapias ou terapeutas?
Como melhorar a prática clínica?
a) Avaliação e monitorização dos resultados clínicos (OQ System e PCOMS, EPO1)
b) Relevância da formulação de caso
c) Prática deliberada
Perguntas e Respostas
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Miguel M. Gonçalves é psicólogo, psicoterapeuta e Professor Catedrático Escola de Psicologia da Universidade do Minho. Foi Director do Centro de Investigação em Psicologia da Universidade do Minho e Vice-Presidente da Escola de Psicologia entre 2013 e 2017. Entre 2010 e 2015 foi Editor Associado da Revista Psychotherapy Research (Routledge).
As suas publicações nacionais incluem as obras Terapia narrativa da ansiedade, em co-autoria com Margarida R. Henriques (que integra materiais para os terapeutas e para as crianças), Psicoterapia, discurso e narrativa: A construção conversacional da mudança, em co-autoria com Óscar F. Gonçalves e Psicoterapia: Uma arte retórica. Mais recentemente publicou dois “cadernos de psicoterapia”, um sobre Terapia Centrada nas Soluções e outro sobre Terapia Narrativa da Re-autoria (Psiquilibiros, Braga). Para além do seu interesse na prática e investigação sobre psicoterapia, tem co-organizado com Leandro S. Almeida e Mário R. Simões várias obras sobre instrumentos de avaliação psicológica adaptados à população Portuguesa.
É co-editor dos livros Investigations into the Origins and Development of the Dialogical Self, em co-autoria com Marie Cécile Bertau e Peter Raggat (Information Age Publishing, USA) e do Handbook of dialogical self theory and psychotherapy: Bridging psychotherapeutic and cultural traditions, em co-autoria com Agnieszka Konopka, e Hubrty Hermans (Routledge).
É ainda co-autor do livro Melodies of living: Developmental science of human life course (Cambridge University Press, Inglaterra), conjuntamente com Tania Zitoun, Dankert Vedeler, Jaan Valsiner, João Salgado e Dieter Ferring.
Tem publicado internacionalmente sobre o processo de mudança narrativa em psicoterapia, tendo desenvolvido um programa de investigação em que analisa os processos narrativos que conduzem à mudança em diversos modelos psicoterapêuticos. É autor de mais de de 25 capítulos internacionais e de mais de 80 artigos em revistas internacionais com arbitragem por pares.
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